No último sábado (01/07), alunos/as e professora do curso de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), mais alunos/as e professores do Colégio Estadual Pedro Raimundo, que fica localizado no bairro Alto da Aliança, participaram da trilha ecológica José Theodomiro Araújo, da UNEB. A atividade na trilha que fica localizada no Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais - DTCS, campus III, em Juazeiro, foi realizada como momento de culminância das disciplinas Educação e Comunicação e Linguagens da Comunicação, ministrada pela professora Dra Elis Rejane.
A trilha ecológica que fica na margem direita do submédio São Francisco tem em torno de três mil metros de extensão e recebe durante todo o ano visita de estudantes e pesquisadores. Em seu percurso tem o Aqueduto, tecnologia de arquitetura romana construída no século passado que levava água de uma região para outra por meio de nivelamento. A tecnologia é considerada um marco da irrigação na época e hoje, ainda em funcionamento, abastece os dois departamentos da Universidade.
De acordo com Fernando Bruno, estudante de Agronomia do 8° período e monitor do projeto de iniciação científica “Modelo de Recomposição de Mata Ciliar do Submédio São Francisco”, “O departamento sempre está buscando essas visitações do público externo da universidade para que eles conheçam, pois a nossa grande preocupação é mostrar a realidade do Rio São Francisco (...) só preservamos algo que conhecemos” destacou o estudante.
Estudantes acordando o corpo Trilha ecológica
Durante uma pausa na trilha para contemplar o Rio São Francisco o professor Nivaldo Freitas, do Colégio Estadual Pedro Raimundo, enfatizou a importância da preservação do Rio São Francisco e dos estudantes presentes compartilharem essa pauta com amigos e familiares: “esse rio é uma questão poética, mas também de vida, (...) conservar as Áreas de Preservação Permanente - APP também é fundamental para o futuro do rio." destacou Nivaldo.
Na oportunidade o professor Jader Fama relembrou sua infância em Sobradinho-BA, nas margens do rio São Francisco e como está o cenário atual: “Tinha um braço do rio, onde do outro lado meu pai tinha uma roça e fazíamos o tráfego de barquinha até lá , hoje o que se vê é terra firme” afirmou o professor. Esse é mais um de tantos outros exemplos da urgência das discussões e práticas de preservação do rio, caso contrário a população irá sofrer, inclusive as gerações futuras.
Magna Regina, estudante de pedagogia do 8° período, participou da trilha pela segunda vez e falou da experiência que chega a ser inexplicável, por vir praticamente todos os dias a universidade e não perceber toda a imensidão da natureza que tem ao seu redor, “eu saio daqui com todas as minhas energias renovadas, por ver tanta beleza e um espaço cheio de histórias” finalizou a estudante.
A culminância ainda contou com um piquenique debaixo da sombra de um pé de manga e com um momento de prática de ioga, no intuito de acordar o corpo e permitir aos visitantes uma maior interação com o ambiente e para que eles pudessem observar cada detalhe dessa trilha repleta de histórias.
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