Nos dias 06 e 07 de junho a Universidade do Estado da Bahia(UNEB) promoveu um bate-papo com o objetivo de discutir as problemáticas relacionadas ao meio ambiente. O evento que aconteceu em formato online pela plataforma teams foi uma organização do projeto de extensão: Bate papo com autores/as e teve como convidados a pedagoga e mestra Glaide Santa Sara, que discutiu sobre Pedagogia do Cuidado, o professor e doutor Juracy Marques que discutiu sobre a Ecopedagogia e Maurício Lins, pesquisador da AGENDHA ONG cuja a sede é em Paulo Afonso, que tratou sobre Preservação do Rio São Francisco.
De acordo com a coordenadora Elis Santana, o projeto Bate-papo com autores/as surge do desdobramento do grupo de pesquisa estudo e pesquisa GPEco que tem a temática de trabalhar com conteúdos ligados a ecologia espiritual, e a partir da percepção da necessidade de trabalhar alguns conceitos resolveram convidar autores de outros estados para essa troca de informações, entre professores e alunos. Nesse semestre o projeto se agregou a outro projeto de ensino intitulado Rio Vivo, que trabalha com a categoria de ecopedagogia e educomunicação socioambiental, que fixa questões ligadas à preservação ambiental do rio São Francisco.
Na oportunidade Juraci relatou a experiência do projeto Salve as Serras, coletivo que visa a defesa da água, dos bichos e das serras dos problemas ocasionados pelas perfurações de poços artesianos clandestinos, dos empreendimentos eólicos e da mineração. Para aprofundar a discussão, o professor ainda exibiu o documentário Caminhos de São Miguel, que mostra as riquezas naturais e os problemas que a comunidade Serra dos Morgados, localizada no município de Jaguarari/BA, vem passando com a implantação de mineradoras e eólicas.
Para concluir o professor destacou a importância do Salve as Serras em sua vida pessoal e profissional e o que espera para outros colegas de profissão. “Essa experiência que eu tenho vivido, de ética da vigia, pedagogia da terra, e da alfabetização ecológica que ao mesmo tempo que estou em movimento aprendo um novo sentido, em relação com o planeta e com meus semelhante aqui na terra, e espero que isso de alguma forma expire outros educadores para outra perspectiva educativa, ligado a ecopedagogia e educação pela terra”. destacou Juracy.
Glaide Santa Sara falou sobre a importância de cuidar de si, de está bem com sigo mesmo para depois cuidar do outro. E sobre essa forma de cuidar deu exemplo da agricultura familiar, produção em que os agricultores ao mesmo tempo que produzem alimentos saudáveis, através de práticas sustentáveis também cuidam e tratam do solo com respeito e zelo, diferente de outras formas de agricultura a exemplo do Agronegócio. “O cuidado sempre acompanha a gente porque sempre estaremos amando. finalizou Glaide.
Mauricio Aroucha, um defensor do rio São Francisco começou a conversa pedindo licença às águas, na sequência chamou atenção para os impactos que o rio vem sofrendo ao longo da história devido ao uso predatório que os grandes empreendimentos agrícolas e mineração vem fazendo. O rio percorre alguns biomas como Cerrado, Mata Atlântica e a Caatinga que é exclusivamente brasileira. "As águas do rio São Francisco são as mais doces das regiões semiáridas", afirmou perquisador.
Mauricio ainda ressaltou a importância da preservação das áreas degradadas no percurso do rio, reforçando a necessidade de pensar as políticas públicas de recuperação envolvendo a população. "Sem o povo, as ONG e as organizações sociais não conseguimos fazer a regeneração do nosso rio (...) Plantar nas margens em regiões que não moram ribeirinhos plantas frutíferas como mangueira e jaqueira já é uma caminho para mitigar os impactos, além de servir como alimento para população” finalizou Maurício.
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